segunda-feira, 29 de agosto de 2011
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
O CRAVO NÃO BRIGA COM A ROSA
Texto de Luiz Antônio Simas
Chegamos ao limite da insanidade da onda do politicamente correto.
Soube dia desses que as crianças, nas creches e escolas, não cantam mais "O Cravo Brigou com a
Rosa". A explicação da professora do filho de um camarada foi comovente: a briga entre o cravo -
(o homem) e a rosa (a mulher) estimula a violência entre os casais. Na nova letra "o cravo
encontrou a rosa debaixo de uma sacada/o cravo ficou feliz /e a rosa ficou encantada".
Que diabos é isso? O próximo passo é enquadrar o cravo na Lei Maria da Penha. Será que esses
doidos sabem que "O Cravo Brigou com a Rosa" faz parte de uma suíte de 16 peças que Villa Lobos
criou a partir de temas recolhidos no folclore brasileiro?
É Villa Lobos, cacete!
Outra música infantil que mudou de letra foi "Samba Lelê".
Na versão da minha infância o negócio era o seguinte: Samba Lelê tá doente/ Tá
com a cabeça quebrada/ Samba Lelê precisava/ É de umas boas palmadas.
A palmada na bunda está proibida.
Incita a violência contra a menina Lelê. A tia do maternal agora ensina assim: Samba Lelê tá
doente/ Com uma febre malvada/ Assim que a febre passar/ A Lelê vai estudar. Se eu fosse a Lelê,
com uma versão dessas, torcia pra febre não passar nunca.
Os amigos sabem de quem é "Samba Lelê"? Villa Lobos, de novo. Podiam até registrar a parceria.
Ficaria assim: Samba Lelê, de Heitor Villa Lobos e Tia Nilda do Jardim Escola Criança Feliz.
Comunico também que não se pode mais atirar o pau no gato, já que a música desperta nas crianças
o desejo de maltratar os bichinhos.
Quem entra na roda dança, nos dias atuais, não pode mais ter sete namorados para se casar com
um. Sete namorados é coisa de menina fácil.
Ninguém mais é pobre ou rico de marré-de-si, para não despertar na garotada o sentido da
desigualdade social entre os homens.
Dia desses alguém (não me lembro exatamente quem se saiu com essa e não procurei a referência no
meu babalorixá virtual, Pai Google da Aruanda) foi espinafrado porque disse que ecologia era,
nos anos setenta, coisa de viado.
Qual é o problema da frase? Ecologia, de fato, era vista como coisa de viado.
Eu imagino se meu avô, com a alma de cangaceiro que possuía, soubesse, em mil novecentos e
setenta e poucos, que algum filho estava militando na causa da preservação do mico leão dourado,
em defesa das bromélias ou coisa que o valha. Bicha louca, diria o velho.
Vivemos tempos de não me toques que eu magôo. Quer dizer que ninguém mais pode usar a expressão
"coisa de viado"? Que me desculpem os paladinos da cartilha da correção, mas isso é uma
tremenda babaquice.
O politicamente correto é a sepultura do bom humor, da criatividade,da boa sacanagem. A
expressão "coisa de viado" não é, nem a pau (sem duplo sentido), ofensa a bicha alguma.
Daqui a pouco só chamaremos o anão - o popular pintor de rodapé ou leão de chácara de baile
infantil - de deficiente vertical.
O crioulo - vulgo picolé de asfalto ou bola sete (depende do peso) - só pode ser chamado de
afrodescendente.O branquelo - o famoso branco azedo ou Omo total - é um cidadão caucasiano
desprovido de pigmentação mais evidente.
A mulher feia - aquela que nasceu pelo avesso, a soldado do 5º batalhão de artilharia pesada,
também conhecida como o rascunho do mapa do inferno - é apenas a dona de um padrão divergente
dos preceitos estéticos da contemporaneidade.
O gordo - outrora conhecido como rolha de poço, chupeta do Vesúvio, Orca, baleia assassina e
bujão - é o cidadão que está fora do peso ideal.
O magricela não pode ser chamado de morto de fome, pau de virar tripa e Olívia Palito.
O careca não é mais o aeroporto de mosquito, tobogã de piolho e pouca telha.
Nas aulas sobre o barroco mineiro, não poderei mais citar oAleijadinho. Direi o seguinte: o
escultor Antônio Francisco Lisboa tinha necessidades especiais... Não dá.
O politicamente correto também gera a morte do apelido, essa tradição fabulosa do Brasil.Falei
em velho Bach e me lembrei de outra.
A velhice não existe mais.O sujeito cheio de pelancas, doente, acabado, o famoso pé na cova,
aquele que dobrou o Cabo da Boa Esperança, o cliente do seguro funeral, o popular tá mais pra lá
do que pra cá, já tem motivos para sorrir na beira da sepultura.
A velhice agora é simplesmente a "melhor idade".Se Deus quiser morreremos todos gozando da mais
perfeita saúde. Defuntos? Não.
Seremos os inquilinos do condomínio Cidade do pé junto.
domingo, 14 de agosto de 2011
Porta lenços e absorventes, minha versão!
A artesã Jackie Lobato apresentou no programa Sabor de Vida e eu acrescentei esse fuxico diferente que eu aprendi em um blog, que eu não acho o endereço, assim que encontrar posto aqui!
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
FALTA TEMPO, CORRE AS HORAS...
A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas.
Quando se vê, já é sexta-feira.
Quando se vê, já terminou o ano.
Quando se vê, perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê, já passaram-se 50 anos.
Agora é tarde demais para ser reprovado.
Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo caminho, a casca dourada e inútil das horas.
Desta forma, eu digo:Não deixe de fazer algo que gosta, devido à falta de tempo,pois a única falta que terá,será deste tempo que infelizmente não voltará mais.
Mário Quintana
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Transportando meu grão de areia
Irena Sendler morreu...sabes quem era?
Uma senhora de 98 anos chamada Irena faleceu há pouco tempo.
Durante a 2ª Guerra Mundial, Irena conseguiu uma autorização para trabalhar no
Gueto de Varsóvia, como especialista de canalizações.
Mas os seus planos iam mais além... Sabia quais eram os planos dos
nazistas relativamente aos judeus (sendo alemã!)
Irena trazia crianças escondidas no fundo da sua caixa de ferramentas
e levava um saco de sarapilheira na parte de trás da sua caminhoneta
(para crianças de maior tamanho). Também levava na parte de trás
da caminhoneta um cão a quem ensinara a ladrar aos soldados nazis quando
entrava e saia do Gueto.
Claro que os soldados não queriam nada com o cão e o ladrar deste
encobriria qualquer ruído que os meninos pudessem fazer.
Enquanto conseguiu manter este trabalho, conseguiu retirar e
salvar cerca de 2500 crianças.
Por fim os nazistas apanharam-na e partiram-lhe ambas as pernas,
braços e prenderam-na brutalmente. Os nazis souberam dessas
atividades e em 20 de Outubro de 1943; Irena Sendler foi presa pela Gestapo e levada para a infame prisão de Pawiak onde foi brutalmente torturada.
Num colchão de palha encontrou uma pequena estampa de Jesus Misericordioso com a inscrição: “Jesus, em Vós confio”,
e conservou-a consigo até 1979, quando a ofereceu ao Papa João Paulo II.
Ela, a única que sabia os nomes e moradas das famílias que albergavam crianças judias,
suportou a tortura e negou-se a trair seus colaboradores ou as crianças ocultas.
Quebraram-lhe os ossos dos pés e das pernas, mas não conseguiram
quebrar a sua determinação. Foi condenada à morte.
Enquanto esperava pela execução, um soldado alemão levou-a para um "interrogatório adicional". Ao sair, gritou-lhe em polaco "Corra!".
No dia seguinte Irena encontrou o seu nome na lista de polacos executados.
Os membros da Żegota tinham conseguido deter a execução de Irena subornando os alemães, e Irena continuou a trabalhar com uma identidade falsa.
Irena mantinha um registo com o nome de todas as crianças que conseguiu retirar do Gueto,
que guardava num frasco de vidro enterrado debaixo de uma árvore no seu jardim.
Depois de terminada a guerra tentou localizar os pais que tivessem sobrevivido e reunir a família.
A maioria tinha sido levada para as câmaras de gás. Para aqueles que tinham perdido os pais ajudou a encontrar casas de acolhimento ou pais adotivos.
No ano passado foi proposta para receber o Prêmio Nobel da Paz... mas não foi selecionada.
Quem o recebeu foi Al Gore por uns dispositivos sobre o Aquecimento Global.
Não permitamos que alguma vez esta Senhora seja esquecida!!
Estou transportando o meu grão de areia, reenviando esta mensagem.
Espero que faças o mesmo.
Passaram já mais de 60 anos, desde que terminou a 2ª Guerra Mundial na Europa.
Este e-mail está a se reenviando como uma cadeia comemorativa, em memória dos 6 milhões de judeus, 20 milhões de russos, 10 milhões de cristãos e 1.900 sacerdotes católicos que foram assassinados, massacrados, violados, mortos à fome e humilhados com
os povos da Alemanha e Rússia olhando para o outro lado.
Agora, mais do que nunca, com o Iraque, Irã e outros proclamando que O Holocausto é um mito, é imperativo assegurar que o Mundo nunca esqueça.
A intenção deste e-mail é chegar a 40 milhões de pessoas em todo o mundo.
Une-te a nós e sê mais um elo desta cadeia comemorativa e ajuda a distribuí-la por todo o mundo..
Por favor, envia este e-mail às pessoas que conheces e pede-lhes que não interrompam esta cadeia.
"A razão pela qual resgatei as crianças
tem origem no meu lar, na minha infância.
Fui educada na crença de que uma pessoa
necessitada deve ser ajudada com o coração,
sem importar a sua religião ou nacionalidade."
- Irena Sendler
tem origem no meu lar, na minha infância.
Fui educada na crença de que uma pessoa
necessitada deve ser ajudada com o coração,
sem importar a sua religião ou nacionalidade."
- Irena Sendler
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